quarta-feira, 24 de setembro de 2008

BRUXISMO



Hábito parafuncional de ranger os dentes e constitui um dos mais difíceis desafios para a odontologia restauradora, sendo que a dificuldade para sua resolução aumenta de acordo com a gravidade do desgaste dentário produzido.

Fisiopatologicamente, o esmalte dentário é o primeiro a receber os prejuízos do bruxismo, e o desgaste anormal dos dentes é o sinal mais freqüente da anomalia funcional.

O padrão de desgaste dental do bruxismo prolongado é, freqüentemente, não uniforme e mais severo nos dentes anteriores.
A importância do bruxismo ainda se deve à sua relação com a dor muscular da articulação temporomandibular e alguns tipos de cefaléia(dor de cabeça).

Pode ser definido como um hábito parafuncional que consiste em movimentos involuntários ritimados e espasmódicos de ranger ou apertar os dentes, ocorrendo normalmente durante o sono.

Alguns autores dividem o termo bruxismo em cêntrico, ato de apenas apertar os dentes, ou excêntrico, onde além de apertar os dentes há também o ranger dos dentes, porém, ambos sempre involuntários.
Há discrepância sobre a definição precisa do bruxismo, alguns autores definindo-o como atividade parafuncional diurna ou noturna e outros alegando-o exclusivamente durante o sono. De modo geral diz-se bruxomania para definir esse movimento de apertar, ou ranger dos dentes, quando a pessoa se encontra acordada.

É importante destacar, para entendimento conceitual, que o bruxismo não é necessariamente uma doença. Trata-se mais de uma disfunção. É perfeitamente possível que alguns portadores de bruxismo não tenham maiores conseqüências para o sistema mastigatório. O aspecto mórbido ou doentio pode ser pensado quando este hábito funcional leva à algum prejuízo do sistema mastigatório ou desencadeia sintomas de desordens temporomandibulares, como por exemplo, a artrite temporo-mandibular (ATM).

O bruxismo noturno pode ocorrer em praticamente todos os estágios do sono, sendo observado predominantemente no estágio II e virtualmente ausente nos estágios III e IV, mais profundos. Quando relacionado ao sono, o bruxismo envolve movimentos rítmicos semelhantes ao da mastigação intercalados por longos períodos de contração dos músculos mandibulares. Essas contrações costumam ser fortes e até superar aquelas realizadas durante a mastigação normal consciente. Costumam durar o suficiente para produzir fadiga e dor muscular.

Incidência e Curso
Alguns trabalhos estimam entre 6 e 20% dos adultos e em torno de 14% das crianças a incidência do bruxismo. Entretanto, sinais e sintomas de bruxismo são observados entre 80% e 90% das populações estudadas, sugerindo que, ou essas pessoas apresentam bruxismo inconscientemente ou já o tiveram. Parece ainda que o bruxismo diminui com a progressão da idade, predominantemente depois dos 50 anos. Quanto à distribuição nos sexos, alguns autores encontraram uma maior freqüência do Bruxismo em mulheres.

Causas (Etiologia)
As causas normalmente estariam relacionadas a fatores psicológicos, como tensão emocional, agressão reprimida, ansiedade, raiva, medo, frustrações e estresse. A freqüência e a severidade do Bruxismo pode variar a cada noite, e parece estar altamente associado ao estresse emocional e físico.

Prognóstico e Conseqüências
Hábitos funcionais do tipo bruxismo costumam levar ao desgaste dentário, má oclusão severa, trauma oclusal, fratura dentária e dores em determinados componentes do sistema mastigatório. O bruxismo é considerado uma das causas das desordens temporomandibulares devido à possibilidade de desencadear dor ou disfunção na musculatura mastigatória e /ou articulação temporomandibular.

Tratamento
Atualmente a odontologia tem optado pela utilização de uma placa estabilizadora, de resina acrílica, que respeite os conceitos de máxima estabilidade mandibular em relação cêntrica e movimentos excêntricos harmoniosos através de guias específicas (protrusivas e caninas). A função da placa estabilizadora seria para proteger os dentes e demais componentes do sistema mastigatório durante as crises noturnas de bruxismo. Além disso a placa ainda reduziria a atividade elétrica de músculos elevadores da mandíbula, como masseter e temporal, reduzindo assim a atividade tensional.

Entretanto, a colocação de placas constitui-se num tratamento, digamos, sintomático. O ideal seria o tratamento dos estados tensionais, estressantes ou ansiosos que produzem o bruxismo.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

MOMENTO RISOS



JOGO RÁPIDO

Um Dentista e sua bonita paciente estavam jantando à luz de velas num restaurante de luxo. De repente, o garçom nota que o Dentista escorrega lentamente para debaixo da mesa e a mulher parecia não reparar que o companheiro tinha desaparecido, parecendo que ele estava enfartando.

Perdão, senhora, mas eu acho que seu marido caiu debaixo da mesa...
Não caiu, não, disse ela, o meu marido acabou de entrar no restaurante...

sábado, 13 de setembro de 2008

Tratamento Ortodôntico



A ortodontia é a especialidade da odontologia responsável pelo diagnóstico, prevenção e tratamento das irregularidades dos dentes e da face.
A prática da ortodontia requer que o profissional tenha grandes conhecimentos sobre o desenvolvimento e crescimento do ser humano, assim como habilidade e técnica apurada para controlar os dispositivos aplicados na correção das maloclusões (irregularidades faciais), pois são através desses dispositivos, que recebem o nome de aparelhos ortodônticos, que o ortodontista conseguirá estabelecer a melhor relação entre a face, os lábios e os dentes.

A maloclusão existe quando os dentes não se encaixam corretamente uns com os outros, ou quando os dentes estão dispostos nos ossos maxilares de tal forma que a estética facial é prejudicada, também podem prejudicar a função normal da mastigação, levando a desgastes dentários ou mesmo a dores dentárias e da articulação temporo mandibular.

A maioria das maloclusões é herdada, mas algumas são adquiridas. Os problemas herdados podem ser, por exemplo, pequenos apinhamentos (quando não a espaço suficiente para acomodação de todos os dentes), excesso de espaços entre os dentes (diastemas), dentes a mais ou mesmo diferentes irregularidades dos ossos e da face. Os problemas adquiridos podem ser causados por traumas (acidentes), hábitos como chupar dedos ou roer unhas, obstruções aéreas devido a amídalas maiores que o normal, ou, ainda, por perdas precoces de dentes de leite ou perdas prematuras de dentes permanentes, por cárie e por acidentes.

Por que tratar?
Dentes desalinhados, demasiadamente protruídos (dentes para frente) ou retraídos (dentes para trás) podem, além de prejudicar a auto-estima do paciente, favorecer o aparecimento de diversos problemas, como cáries, doenças gengivais ou dificuldades de mastigar. Na maioria das vezes os pacientes que procuram o tratamento ortodôntico se queixam de dentes tortos e desalinhados, entretanto, é importante saber que essas alterações podem, além de prejudicar a estética facial, provocar problemas que muitas vezes não são perceptíveis, até ser tarde demais, como a perda de osso ao redor dos dentes, dores musculares ou mesmo articulares. O tratamento ortodôntico pode resolver esses problemas, estabelecendo um melhor equilíbrio entre os dentes, os lábios e a face, e, principalmente, restabelecendo a função normal dos dentes em movimento.

O tratamento ortodôntico leva, geralmente, de um a três anos. Entretanto, este tempo varia em função do grau de severidade da maloclusão, necessidade ou não de extrações e tratamentos auxiliares. É muito importante entender que não existe um tempo exato para o tratamento ortodôntico. Algumas vezes, uma rápida intervenção, de poucos meses, pode ser o suficiente para restabelecer o desenvolvimento da oclusão de um paciente jovem. Outras vezes, são necessários anos de acompanhamento do crescimento da face de um paciente, de forma a atingir os resultados ideais. O tratamento ortodôntico necessita, ao contrário de muitas outras áreas da odontologia, da colaboração do paciente. Assim, quanto maior for o envolvimento e colaboração do paciente, mais rapidamente o problema poderá ser resolvido.

O sucesso do tratamento ortodôntico depende tanto do cirurgião dentista como também do paciente, que se esforçam lado a lado para obter o melhor resultado possível. Para atingir os objetivos do tratamento, o paciente deve manter seu aparelho sempre limpo, usar os aparelhos auxiliares e elásticos sempre que necessário, e comparecer a todas as consultas. Os pacientes que são assíduos colaboradores conseguem melhores resultados e presenteiam seus ortodontistas com sorrisos perfeitos.

Muitos pais têm dúvida a respeito da evolução da dentição de seus filhos e do momento mais adequado para iniciar qualquer intervenção ortodôntica. Vale lembrar também, que o maior cuidado que os pais podem ter com a dentição de seus filhos está relacionado com a prevenção. Cáries podem ser prevenidas simplesmente com a limpeza diária dos dentes, que deve ser realizada inclusive nos bebês. Hábitos orais, como chupar dedos, respirar pela boca e deglutir e falar incorretamente devem sempre ser observados.

O melhor momento para tratar as maloclusões é durante a fase de maior crescimento das crianças. Esta fase é conhecida como surto de crescimento e ocorre concomitantemente a substituição natural da dentição decídua pela dentição permanente da criança. Este surto de crescimento acontece por volta dos 11 a 12 anos nas meninas e dos 13 aos 14 anos nos meninos e representa o inicio da adolescência. Entretanto, algumas vezes, são necessárias algumas intervenções em idade mais precoce para resolver problemas que podem dificultar a correção ortodôntica no futuro. Nesses casos, o tratamento precoce pode ser de grande auxílio, pois representa uma oportunidade única no desenvolvimento da criança. Em caso de dúvida, converse com um cirurgião dentista.

Muitas pessoas acreditam que aparelhos ortodônticos são apenas para crianças e jovens. Isso não é verdade, pois dentes saudáveis podem ser movimentados em qualquer idade. Muitos dos problemas ortodônticos podem ser corrigidos nos adultos com a mesma facilidade que em crianças ou adolescentes. A diferença está no crescimento, pois nos adultos já não se pode contar com ele, e no tempo de tratamento, que dependendo do problema, pode ser um pouco maior.

O tratamento ortodôntico, quando bem indicado, é de grande benefício aos adultos, principalmente aqueles, que durante anos conviveram com problemas de oclusão. O tratamento ortodôntico restabelece uma boa função dentária e melhora a aparência do sorriso. É importante lembrar que um sorriso bonito, além de ser saudável, aumenta a auto-estima. Não importa a idade.

Lembre-se, prevenir é melhor do que remediar. Em caso de duvidas, procure um Cirurgião Dentista para saná-las.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A Dinâmica da Prevenção.



O que posso fazer para ter uma boa saúde bucal?
Hábitos alimentares adequados, freqüência e qualidade da higienização, utilização de fatores de proteção específica e ausência de fatores de risco são necessários para se ter uma boa saúde bucal, como vemos na pirâmide odontológica.

Como a alimentação pode interferir nas doenças da boca?
A cárie é uma das doenças bucais mais observadas, que se desenvolve a partir de dentes susceptíveis, associados a um consumo muito alto de alimentos açucarados e também ao número de vezes por dia que se consome esse tipo de alimento. Portanto, doces, balas, pirulitos, refrigerantes e bolachas recheadas estão no topo da pirâmide, em fundo vermelho, pois devem ter o seu consumo restrito.

Por que a chupeta e a mamadeira estão também na área vermelha?
Porque seu uso também deve ser restrito, principalmente em crianças maiores, pois podem ocasionar alterações em seus dentes e na sua mordida.

E o flúor não faz bem para os dentes?
A utilização do flúor deve ser feita por pacientes que têm um risco maior para cáries. Deve ser prescrito pelo dentista, pois é um medicamento e precisa ser indicado por um profissional.

O creme dental não pode ser utilizado por todos à vontade?
Não, o creme dental deve ser evitado por crianças que não conseguem cuspir, pois a maioria deles contém flúor em grande quantidade e, se ingerido por menores de 2 anos, pode causar problemas na formação dos dentes (fluorose). Portanto, seu uso deve ser monitorado.

Quais são as condições de dieta, hábitos de higiene e consumo que estão liberadas?
As situações contidas na base da pirâmide, em fundo verde, estão liberadas: aleitamento materno, uso de escova dental, água fluoretada, uso de fio dental, uso de prótese bem adaptada, bem como a ingestão de alimentos energéticos e reguladores.

Por que os alimentos estão divididos na pirâmide?
Esta é uma pirâmide nutricional adaptada, onde vemos que os alimentos da base são os que devem ser ingeridos em maior quantidade, seguidos dos alimentos do segundo andar, em amarelo, que são as proteínas, leites e derivados, e, finalmente, no pico da pirâmide estão os óleos, as frituras e os açúcares, que devem ser consumidos em quantidade ainda menor, para que assim possamos ter uma alimentação saudável e, ao mesmo tempo, evitar doenças bucais.

Quais seriam as situações proibitivas?
O consumo excessivo de bebidas alcoólicas, o fumo, a utilização de próteses fraturadas ou mal adaptadas, bem como dentes com sintomatologia dolorosa precisam ser evitados, pois podem ocasionar doenças da gengiva e câncer bucal.

Temos que ter horário para tudo?
Sim, a questão do horário é muito importante, pois devemos acostumar as crianças desde pequenas a terem horário para as refeições e a higienização da boca. Os hábitos regulares adquiridos serão incorporados pela família por toda a vida. É importante que os pais dêem o exemplo de uma vida mais saudável aos filhos, com bocas bem cuidadas e sorrisos naturais.